Neste artigo, vamos explorar os potenciais efeitos positivos do cogumelo Juba de Leão na memória. Para isso, vamos precisar entender o como o juba de leão poderia gerar esse auxilio e também como acontece os mecanismos de formação e retenção da memória no cérebro.
Vamos começar então pelo início de tudo, entendendo um pouco mais sobre como ocorre o processo de memorização no nosso cérebro e quais partes estão envolvidas nisso.
Mecanismos de Formação e Retenção da Memória e Suas Estruturas
Codificação (aquisição)
Durante a aquisição de uma informação, os neurônios captam os estímulos externos os transformam em sinais elétricos, que são transmitidos através das sinapses. Esses sinais elétricos formam então cadeias de neurônios e formam circuitos neurais específicos relacionados à memória.
Consolidação (armazenamento)
Após a aquisição, ocorre a consolidação da memória, que é o processo de estabilização e armazenamento das informações que foram captadas pelo indivíduo. Durante a consolidação, ocorrem alterações moleculares e estruturais nos neurônios, fortalecendo assim os neurônios envolvidos na formação da memória. Essa capacidade dos neurônios de se alterarem diante a uma nova informação chama-se neuroplasticidade, e não existe aprendizado onde não há neuroplasticidade.
Estruturas Cerebrais Envolvidas na Memória
As principais estruturas cerebrais envolvidas no processo de memorização são: hipocampo (formação e consolidação), córtex pré-frontal e amígdala (formação e recuperação).
Neurotrofinas
Para entender todo o contexto precisamos saber da importância das neurotrofinas ou fatores neurotróficos. Neurotrofinas são proteínas que estão diretamente envolvidas com o processo de neurogênese e neuroplasticidade. Nós, mamíferos, possuímos as seguintes neurotrofinas de maneira natural em nosso sistema: fator de crescimento nervoso (NGF) fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), neurotrofina 3 (NT3) e neurotrofina 4/5 (NT4/5).
Apesar desses benefícios para o sistema neural, as neurotrofinas precisam serem produzidas dentro do nosso cérebro para estimularem o desenvolvimento de novos neurônios ou o crescimento dos neurônios que já existem, ou seja, elas precisam aparecer de maneira endógena. Quando inseridas de maneira exógena em nosso corpo, quase não possuem efeito algum.
E é aí que o Juba entra em ação...
Onde Então o Juba de Leão Entra?
O cogumelo Juba de Leão possui dois compostos específicos em sua constituição: as hericenonas e as erinacinas. Estudos já comprovaram e atestaram que estes dois compostos são capazes de estimular a produção endógena de neurotrofinas! Aí agora é uma cascata de reações... se os compostos do juba de leão ajudam a produzir neurotrofinas endógenas; e essas neurotrofinas agem positivamente na neurogênese e na neuroplasticidade; e a neurogênese e a neuroplasticidade são acontecimentos essenciais para a nossa memória, consequentemente o juba de leão pode auxiliar positivamente em nossa memória.
Estudos já mostraram que o juba de leão pôde promover um crescimento de neurônios do hipocampo, que pôde também influenciar positivamente no funcionamento do córtex pré-frontal e que também modulou a atividade da amígdala: tudo regiões cerebrais envolvidas na memória, como vimos anteriormente.
Além disso, outros estudos validaram a capacidade do juba de leão na promoção da plasticidade sináptica e também na sua capacidade neuroprotetora, ou seja, na sua capacidade de proteger os neurônios já existentes contra stress oxidativo.
Como Conclusão...
O cogumelo Juba de Leão possui compostos importantes para o estímulo de fatores neurotróficos em nosso cérebro e também para o proteção da rede neural já existente. Mesmo assim, é sempre importante que sejam feitas mais pesquisas para entender completamente os mecanismos de ação do Juba de Leão e explorar seu potencial total como um superalimento para melhorar a função cognitiva.
Ao longo do tempo, vamos compartilhar aqui com vocês mais detalhes sobre as formas de ação do juba de leão assim como resumos de estudos científicos.
Fique ligado para estar por dentro e entender de maneira clara como os cogumelos funcionais agem em nosso corpo e o que os estudos estão realmente encontrando.
Referências Bibliográficas
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